terça-feira, 27 de novembro de 2018

Aqui ou aí.


Em algum lugar estamos juntos. 
Às vezes penso que pode ser aqui mesmo, 
De algum jeito que não posso perceber. 
Sinto que apenas estamos.

O que são os olhos, se não a passagem para outro lado?
Os ouvidos, se não um eco para as vozes do coração?

Pode não chover lá fora, mas aqui dentro as gotas caem 
Como lágrimas de um entardecer de agosto.

Nasce um lírio. 
Aqui ou aí. 
Talvez onde estamos.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Espiã

A dor que caminha não cai em lágrimas
Levanta-se cada vez mais,
Sem mas, nem pesares que pesem a alma,
Luz que ama, e ao mesmo tempo desmama,
Pede a sutura, o fim,
Um logradouro para chamar de seu,
Como o rótulo, de louco.

De tantos em tantos,
O manto sufoca o pranto,
Ar que sucumbe,
Visão que turva,
Como a curva que nunca chega.

Não nega, nem espera.

Espia e vigia.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Manto

Quando a cortina fechar,
Nada e nenhum sentido
Um algo a mais daquele menino,
O mundo somente para ti.

Porque não há trancas ou sombras
Enquanto a vela estiver acesa,
Coração velado,
Amaldiçoado com tuas lágrimas.

Deixo meu manto de paz
Aquele que sempre vesti
Para nós,

Somente nós.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Esperança final

Não havia destino
Somente um mapa rasgado, dilacerado
Seria o menino a guiar,
A noite aguardando meu chegar?

O caminho dúbio rasgou minhas memórias
Difusas ao que foi verdade, um muco

Nobre seria deitar-me sobre a grama verde,
Admirar o céu azul e cânticos celestiais
Tudo o que um dia prometeu-me
A cruz audaz.

Sopra o vento com palavras esquecidas.
Retornam as lembranças.
Sombras sobre meu olhar;
Estupra minha paz.

Poucos segundos,
Antes que tudo escureça,
Pode dizer ao mundo:

“Não se rendeu. Foi apenas o fim.”

segunda-feira, 13 de maio de 2013

TERRA e ÁGUA


Houve tempos em que eu não sabia
Horas que perdi,
Aprendi.

Tempos passados que não gosto de lembrar,
Mas recordo para não repetir,
O passado me pertence.
Mas não me comanda.

Há um novo tempo,
Aqui e agora,
A era da alegria e do equilíbrio,
Assim acredito.

Os novos tempos serão escritos,
Sob os olhos do amor,
Os pés do equilíbrio,
Terra e água em perfeita harmonia.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Meninos


Há um pedaço de mim
Perdido em lugar algum
O olhar sereno,
Parte do ar, centro do oceano

Milhões de quilômetros
A um piscar
Tantos anos que tento lembrar
Ficaram ali, juntos

Talvez seja numa ilha,
Numa rua,
Naquela festa,
Sabe-se lá onde

Perdidos,
No passado
Apenas meninos
Como era eu

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Imprestável

Estou bufando

Puto

Endiabrado

Saco cheio

Nada presta

Ninguém presta

Tão pouco esta poesia

domingo, 22 de janeiro de 2012

Teu

Teus olhos me ensinam

Guiam meu sentir a um lugar novo

Nunca antes pisado,

Talvez apenas sonhado

Agora é real


Vejo as luzes,

Flores amarelas, coloridas,

Antes tímidas,

Para serem no presente mais vivas

Vejo as nuvens


Sinto

Te confesso que sinto

Amor

E paz

Na intensidade do sempre


Sinto,

Saudades

Mas dentro,

Meu peito a conforta

Carinho do colo

Sob encomenda,

Teu

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ode à felicidade

Cada palavra enjaulada é uma lágrima esquecida

Um passado de dor é o presente do medo

Se tudo pudesse ser libertado

Apenas amor existiria


Que os dias sejam mais alegres,

E as manhãs mais graciosas

Que assim seja.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Voando

Aprendo a voar

Serão minhas asas?

Ou apenas ilusão?


Sei apenas que vôo

Estou longe,

Tão alto que apenas sinto o vento cantar


Existe o medo,

Pequeno de tão distante

Não sei se é cedo

Apenas quero voar


Vôo sobre os meus problemas

Sinto suas mãos

O som de seu sorriso

O brilho de seus olhos castanhos


Vejo suas asas

Junto das minhas

Sei para onde vamos

Apenas vôe


Para sempre,

Juntos ao céu…

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Apenas escute

Houve uma época

Uma era distante onde o sentir era apenas um instinto

Parece ontem,

Mas são séculos, vidas

E eu sinto tudo aqui dentro

Todas estas vidas de uma maneira só

Sinto que dá um nó

Corações ligados

Partidos

Corrompidos

Ressucitados das sombras

É puro, é real

Não haverá despedidas

Pois desta vez é diferente

Apenas escute o que vem de dentro

Não há palavras, tão pouco promessas

Pois o sentimento que vaza é maior do que tudo

Transborda a cada dia e me inunda

Apenas teu

Para sempre

Até quando os céus nos permitirem

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Welcome Home Babe

Ahhhhhhhhhhhh, obrigado

Sim, obrigado

Sua visita é deveras especial

Há tempos aguardava tal

Aceita uma xícara de chá?

Um pedaço de meu coração?

Ou quem sabe,

Uma vida feliz?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Juntos

Onde existir a palavra

Lá estarei

Onde existir a dor

Lá estarei

Onde existir a luta

Contigo estarei

domingo, 20 de novembro de 2011

A Porta

Há um lugar

Um pequeno quarto escuro

Uma janela

Uma única porta


Às vezes falta o ar,

Mas sempre é tempo de acender

Respirar o tempo lá fora


Um sorriso

O brilho de mais um dia

A chama que acende

Segundos para a alma


Porta aberta

Quem adentra?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aprendendo a viver

Aprendo

A todo instante faço a lição

Tiro zero

Para um dia chegar num dez

Mas o zero dói, machuca

Errar é humano, tanto quanto a dor

Humana, culpada, burra

Sabedoria

Almejo caminhar sobre ela

Sorrir e semear a alegria para mim e todos

Peço mais uma chance,

Aprendi.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Destruído

As entranhas da minha alma doem

Corroem entre lembranças amargas

Descobertas nebulosas e mau explicadas


Apenas os fracos fogem

Fico para degustar o fim

Ou o começo

Mais um dia sob o sol


Poucas palavras,

Sentimentos desregulados, alternados

Botão de volume,

Mute.


Uma explosão,

É preciso segurar, a ventania carrega

Destrói por onde passa

E meu coração fica em pedaços